sábado, 20 de julho de 2013

PARLAMENTO?

                                               

Como discutimos aqui antes, mesmo dizendo com outras palavras, o parlamento seja em qual esfera for é composto por representantes das classes que compõem a sociedade, estão ali para defender os múltiplos interesses dos seus representados, e isso como também foi dito antes é a redistribuição e conservação do poder dessa sociedade que os elegeu. De forma mais explícita podemos dizer que as principais atribuições do legislativo se resumem em legislar e fiscalizar o executivo, tendo como alvo principal criar dispositivos que garantam a promoção do bem estar social e fiscalizá-los a fim de que sejam efetivados da melhor forma possível.
Aqui em Caruaru o nosso parlamento, a câmara de vereadores, parece-me não ter noção do papel que representa, ou deveria representar, os interesses do cidadão caruaruense. Podemos analisar o desempenho de nosso legislativo de vários pontos de vista, um dos quais é a total falta de ideologia política de nossos vereadores, se observarmos bem, a maioria tende a seguir aquele que vence as eleições majoritárias, mesmo fazendo e se elegendo com discurso de oposição, quando tomam posse a primeira providência é declarar fidelidade eterna ao vencedor da majoritária, ficando assim a oposição reduzida a quatro gatos pingados sem voz, ideologia e expressão política, e como políticas públicas nascem do debate e o mesmo só acontece quando se tem com quem travar o confronto de ideias, concluímos então que essas atribuições não estão sendo postas em prática, inclusive no que diz respeito à fiscalização do executivo já que não mais existe oposição.

Temos que ressaltar aqui também as pérolas da nossa gloriosa câmara de vereadores, sonho dourado de muitos que vêem a política como uma forma de ascensão social. Lembro-me que por ocasião de uma eleição, um vereador se gloriava de ter sido ele o criador do projeto de construção da estatua de Luiz Gonzaga que foi construída na entrada do pátio de eventos, (devo deixar claro aqui que não tenho nada contra o nosso ícone sertanejo, ao contrário, admiro sua obra e tudo que ela representa para nós nordestinos), o que estou questionando é a competência desse parlamentar que durante quatro anos consumiu muitos recursos públicos e o retorno para a sociedade é o projeto de construção de uma estátua, sem mencionar que outros também se declararam co-autores desse tão “importante projeto”, e o que é de se admirar, as pessoas votaram nele outra vez, outro feito de nossos bravos representantes foi à homenagem em uma sessão solene na câmara de vereadores ao cantor norte americano Michael Jackson, lhes confesso que até hoje não entendo o porquê disso, e a última é uma aberração, e aconteceu a poucos dias, em decorrência de um projeto que foi aprovado por nossos competentes legisladores e que prejudicava toda uma categoria de profissionais foi perguntado a um vereador porque ele havia votado a favor de um projeto tão prejudicial àquela categoria, e a surpreendente resposta foi que o parlamentar assinou o projeto sem sequer ler o que ali estava escrito, isso é de uma irresponsabilidade absurda, o que fica evidenciado aqui é que o retorno dado por esse legislativo a sociedade é muito pouco tendo em vistas as despesas que dá ao município. 
                                                                                                Roberto de Jesus



Reajam, as eleições veem aí, vamos fazer diferente dessa vez!

E sendo repetitivo, por favor leiam, meditem e comentem.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

POLITICAS PÚBLICAS

                                
Muita gente tem duvidas a respeito do que seja políticas públicas, neste texto vamos tentar entender o que dizemos quando falamos em políticas públicas.

Toda política pública é uma forma de preservação e redistribuição do poder social, entenda-se poder social como a capacidade da sociedade participar das decisões políticas do seu município, estado ou país. Essa participação pode ser de forma direta ou por representação na forma de colegiados, a conseqüência dessa participação nas decisões é o benefício da sociedade no que diz respeito à promoção do bem estar coletivo.

Para exemplificar o que seria a participação da sociedade nas decisões políticas, um bom exemplo seria (se funcionasse), o orçamento participativo, que consiste em reuniões da sociedade em geral com o poder executivo a fim de decidirem onde e como aplicar os recursos captados pelo município, estado ou país, (poder social), a consequência desses debates seria as ações realizadas pelo executivo, promovendo assim o bem estar social (preservação e redistribuição do poder social). A participação representativa seria através de colegiados, onde o cidadão elege seu representante para que este defenda os seus interesses, como exemplo temos os parlamentares municipais, estaduais, federais e os senadores da república, analogamente seria como se você contratasse um advogado e lhe desse uma procuração para que ele o defenda em algum processo, só que outras pessoas também contratam pelo voto esse “advogado”, pessoas com os mesmos interesses em comum, que também lhe dão suas procurações, e assim milhares de pessoas elegem esse representante que passa a ser o representante de uma classe social, onde junto com outros, também eleitos por outras classes, se reúnem em busca de um senso comum no que diz respeito aos interesses de seus representados.

Toda política pública nasce do debate, nasce das disputas das classes articuladas através do discurso, surge do conflito entre os múltiplos interesses, e o resultado disso é um conjunto de ações que visam satisfazer todos os envolvidos. Teoricamente deveria funcionar satisfatoriamente, porém, esses representantes também são componentes de classes sociais, na maioria das vezes com interesses divergentes daqueles que representam, por isso, acabam legislando em causa própria visando seus objetivos pessoais, motivo pelo qual é tão importante pensarmos bem antes de escolhermos nossos representantes.


O que somos como sociedade é fruto de políticas públicas, e estas por sua vez são frutos de disputas políticas das classes sociais que debatem em busca do poder social, quanto mais articulada for a sociedade (classes), mais justa será a redistribuição desse poder social, e também dos recursos públicos que são propriedade de todo cidadão que contribui com seus impostos.

                                                                                  Roberto de Jesus



Como sempre peço, leiam meditem e comentem.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Cidadão, servidor e serviço público

                    
Quem nunca precisou utilizar os serviços de um servidor público, e quando chegou lá foi tratado com desprezo como se tivesse pedindo um grande favor? Certamente todos nós independente de classe social já passamos por esse constrangimento, alguns mais que outros, mas com certeza essa é uma situação que somos obrigados a enfrentar no nosso dia a dia e o pior é que alguns ainda acham que realmente estão pedindo favor, porém essa mentalidade e os servidores felizmente estão mudando e para melhor.
Vamos hoje aqui analisar comportamentos extremos de servidores públicos, servidores que são conscientes de seu papel e o desempenham da melhor forma possível como é o caso dos servidores que trabalham na UFPE-CAA onde estudo, e em especial ao pessoal que trabalha na biblioteca, sempre prontos a ajudar quem precisa de orientação com a maior paciência e solicitude, um serviço que tinha má fama era o da previdência, pude comprovar que isso está mudando, pois precisei usá-lo e fui muito bem atendido e pude observar que o tratamento era igual para todos independente de grau de instrução ou classe social. Na educação municipal aqui em Caruaru há os dois casos, aqueles que desempenham seu papel com consciência e também há aqueles que não se importam com a qualidade do serviço que prestam como é o caso daqueles que ocupam várias cadeiras fazendo um trabalho deficiente, podemos destacar também a COMPESA, empresa estatal do estado de Pernambuco que presta um serviço porco a população, o que existe de pior se tratando de servidor público, todos foram trabalhar no setor de saúde, são profissionais com uma má vontade surpreendente, médicos que atendem sem sequer olhar para a cara do paciente, parece até que são telepatas, enfermeiros que enquanto pacientes sangram na enfermaria, conversam e telefonam na copa sem se importar com o sofrimento alheio, porém há uma exceção, tenho que ser justo e exaltar o trabalho desenvolvido pelo pessoal do SAMU, um trabalho de excelente qualidade e humano.
O cidadão tem que tomar consciência de que o serviço público não é um favor que o governo lhe presta e sim um direito seu, conquistado com o dinheiro de seus impostos, tem que cobrar do servidor que lhe preste um bom serviço porque essa é sua função, é para lhe atender bem que estes servidores são pagos também com o dinheiro vindo de seus impostos e por fim, o cidadão tem que tomar consciência de que o político também é um servidor público pago com o dinheiro vindo dos seus impostos e como tal tem que prestar um bom serviço a população.
                                              Roberto de Jesus

Leiam comentem e como sempre peço, interajam comigo.

domingo, 23 de junho de 2013

Será que realmente o Brasil acordou?

                        

Ouviu-se deste povo heróico um brado retumbante, só que dessa vez não partiu apenas das margens plácidas do Ipiranga e sim de todos os recantos do país e ecoou por todo o mundo. Era o clamor de uma nação insatisfeita com seus representantes corruptos ou omissos, representantes de seus próprios interesses ou defensor dos anseios de seus familiares e comparsas, foi o grito da vergonha de ter escolhido de forma tão certa, as pessoas erradas.

Com o grito de “oh o Brasil acordou” São Paulo saiu às ruas protestando contra o aumento do preço das passagens do transporte público, logo se juntaram a eles o Rio de Janeiro e outras capitais também protestando não só contra os preços, mas também contra a má qualidade do serviço oferecido, a má qualidade dos políticos, a corrupção e uma variedade de queixas. Em um primeiro momento as autoridades reagiram atônitas, com intransigência e principalmente com violência, declarações de que não haveria redução de preços, repressão violenta da polícia, parecia que estávamos revivendo a ditadura, policiais marchando por cima de manifestantes sentados no asfalto, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e a cavalaria perseguindo manifestantes, a diferença nas imagens era apenas na qualidade, porque as da década de sessenta eram em preto e branco e as de agora em HD.

As redes sociais foram as ferramentas usadas para unir essas pessoas de uma forma que abrangeu todo o país, a mídia divulgou amplamente e os políticos perceberam que não estavam mais no tempo da ditadura, que a censura não mais funcionaria e logo mudaram o discurso, mas já era tarde, o povo já havia acordado e uma nação saiu às ruas e junto com eles pessoas mal intencionadas promovendo vandalismos e pondo em risco todo um lindo e legitimo movimento democrático.

“E verás que um filho teu não foge á luta”, essa frase extraída do nosso hino nacional mostra a força e a coragem desse povo que não teme lutar por seus direitos, não tenho dúvidas de que sairemos com algum resultado positivo de toda essa mobilização social, porém o meu desejo é que fique em nossas mentes a decepção, a desilusão e a revolta pela traição dos políticos que causaram tudo isso só assim na hora do voto nós pensaremos duas vezes antes de votarmos neles outra vez, que não esqueçamos essa lição e nos formemos eleitores conscientes.
                                                                      Roberto de Jesus


Comentem o texto, vamos discutir esse país!


domingo, 16 de junho de 2013

EDUCAÇÃO EM CARUARU, O QUE ACONTECEU?

O artigo 205 da constituição brasileira diz que, A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, o 206, diz ainda que o ensino será ministrado em igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, (entenda-se Estado como organização política e social, dirigida por um governo soberano eleito democraticamente e tendo como guia a constituição). Pensando no que diz a constituição e observando o que acontece nas escolas da rede municipal em Caruaru, parece-me que a constituição não é levada tão a sério no que diz respeito a qualidade do que é ensinado e a qualidade da estrutura física usada para tal finalidade. Discutiremos hoje a estrutura usada para acolher nossas crianças.

Nesses últimos tempos, tenho conversado com muitas mães que tem filhos matriculados na rede municipal, com as próprias crianças e com alguns amigos que trabalham na rede, o que eu colhi me deixou bastante preocupado, para começar, neste ano as crianças não receberam o material básico para usarem em sala de aula, e quando o receberam foi apenas uma parte dele, ou seja, dos cinco livros didáticos necessários do primeiro ao quito ano, apenas dois foram distribuídos para a grande maioria das crianças, o de português e o de matemática, sem citar aqui os outros materiais que vinham sendo distribuídos e que agora não são mais como, por exemplo, caderno, lápis, as bolsas e o fardamento, já que os alunos da rede, a grande maioria vive em vulnerabilidade social e por esse motivo as crianças quando não usam as fardas desbotadas dos anos anteriores, vão às aulas de sandálias e com suas roupinhas compradas com muito sacrifício.
Quanto a estrutura física e a parte assistencial, o prédio da escola, as bancas, a merenda, o leite que era distribuído, e o transporte que era usado pelas crianças, está decadente quando não extinto. O programa do leite foi extinto neste ano, e nenhuma criança mais o recebe, quanto a merenda, foi a qualidade e a quantidade que, segundo as mães caiu e muito, nos anos anteriores a merenda oferecida era de excelente qualidade e em quantidade suficiente para todas as crianças, hoje, em algumas escolas conforme relato das mães, o que é oferecido é de baixa qualidade e em qualidade insuficiente reclama a mãe. Os prédios onde funcionam as escolas, por fora são todos pintadinhos, bonitinhos, de vermelho e branco, parece até que a rede municipal é toda alvirrubra, porém por dentro além de as paredes estarem com rachaduras e caindo o reboco, em algumas a pintura ainda é a mesma do tempo do ex-prefeito Tony Gel, sem mencionar o prédio da escola de tempo integral que foi entregue em 2012 e já há relatos de rachaduras nas paredes, e em alguns lugares do prédio o piso está cedendo.

Durante a campanha de reeleição, lembro-me bem que o então candidato à reeleição e hoje prefeito reeleito, falava com orgulho do ensino na rede municipal, do que ele havia realizado e da promessa que continuaria com o trabalho e o ampliaria, devo confessar que votei nele por esse motivo, porque acho que a educação é a chave que abre todas as portas e todo investimento nela é válido pela sua importância, porém depois de reeleito o nosso prefeito parece ter esquecido as suas promessas e seu dever como gestor público, de promover da melhor forma possível o acesso e a permanência da criança na escola, ou será que não esqueceu?...

                                                                          Roberto de Jesus

Se você como eu também se importa, use o espaço para comentar, questionar ou sugerir, comente!

sábado, 8 de junho de 2013

UM GOLPE DE MESTRE

                                  
Em Março de 2012 Caruaru foi surpreendida com o anuncio de um concurso público que oferecia vagas de emprego para todos os níveis de escolaridade, fundamental, médio, técnico e superior, com salários variando de R$ 545,00 a R$ 6.183,00, os cargos oferecidos, (1.413) visavam preencher vagas nos setores, administrativo, serviços gerais e no setor de saúde. A divulgação se deu em todas as emissoras de rádio e televisão e em sites de noticias que falavam do concurso e entrevistavam autoridades que se derramavam em elogios ao prefeito, e o próprio prefeito ao ser entrevistado se justificava dizendo que o concurso visava moralizar o serviço público no município.

Muita gente se perguntava se daria tempo de realizar o concurso naquele ano, já que em Outubro se realizariam as eleições municipais, mas muito mais gente e entre as quais eu também, questionávamos por que naquele ano e tão em cima da hora, qual o verdadeiro objetivo desse concurso? Por certo não seria a moralização do sérico público já que é sabido que esse setor serve de moeda de troca para muitos políticos aliados, mas então o que seria? Em uma conversa com amigos surgiu a resposta, tratava-se de uma grande jogada política para garantir sua vitória nas urnas, porque a adversária era muito carismática e herdeira dos seguidores do seu marido, por esse motivo, o candidato precisaria de algo que decidisse a eleição a seu favor, já que o número de seguidores se equiparavam em ambos os lados e uma promessa de moralização levaria aquelas pessoas que votam pensando na cidade a se decidir pelo candidato que prometia um futuro melhor para o nosso serviço público.

O concurso foi realizado, o candidato foi eleito junto com aqueles que ele apoiou e todos tomaram posse de seus cargos, todos, menos aqueles que foram aprovados no concurso, estamos no sexto mês do ano, os vereadores que assumiram colocaram seus colaboradores, parentes e afilhados trabalhando no lugar daqueles que foram aprovados no concurso público, e aí ficam as perguntas abertas a quem quiser responder, onde está a moralização prometida e quando serão efetivadas as pessoas aprovadas?
                                                                              
                                                                                                     Roberto de Jesus

Só conseguiremos mudar isso juntos.
Se gostaram por favor comentem, elogiem, critiquem ou deem sugestões, botem a boca no trombone.


  

domingo, 2 de junho de 2013